ISSN 2316-5855
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Editora PUC-RioCréditos
Seção Ano IV - n°5 - 2014

Apresentação

Apresentação

O quinto número da Revista Anima é composto por oito artigos inéditos, sendo quatro deles elaborados pelo corpo discente do Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura da PUC-RJ. Os demais provêm da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Reflexões que contribuem para o pensamento historiográfico atual, enfrentando os desafios intelectuais inescapáveis a tal empreitada, e que, pela pluralidade de suas abordagens e interpretações, não estão agrupadas sob uma unidade temática.

Marcela Ferreira Correia (PUC-RJ), em A criação de figuras autônomas em Carl Einstein e Gilles Deleuze, questiona a dicotomia abstração-figuração ao investigar a capacidade da arte em criar formas não-representativas de figuração. Para isso, a autora transita por um quadro teórico de origens diferentes, antevendo um possível ponto de junção no aparato conceitual dos dois autores mencionados, através de suas respectivas indagações a respeito das relações que a forma artística mantém com a realidade. Pamela Wanessa Godoi (UEL), em A Virgem Maria e os livros de Reims: iluminuras medievais, explora as representações do personagem bíblico encontradas no acervo de imagens religiosas da comuna francesa de Reims, em um arco histórico cujos extremos são as iluminuras medievais, de um lado, e o período renascentista, de outro. Da arte para o Estado, Luiza Batista Amaral (PUC-RJ), em Das transformações no Aterro do Flamengo e sua dimensão fantasmagórica, tendo como ponto de partida a literatura da modernidade, focaliza os elementos indiciais do ambiente urbano carioca, que sobrevivem às sucessivas tentativas de modernização levadas a cabo no Rio de Janeiro.

A edição também conta com artigos que buscam ampliar o campo de atuação do historiador, através de reflexões sobre a teoria da história e a sua aproximação com outros campos de estudo, notadamente aqueles dedicados à cultura. Em Entre a prática e a teoria: a história literária como provocação à história social, Rafael da Cunha Duarte Francisco (PUC-RJ) examina as possibilidades de uma história social da cultura descartando, para isso, uma hierarquização entre história e a literatura. Sob outra ótica, o autor propõe uma operação historiográfica cuja condição de possibilidade baseia-se em um entrelaçamento entre teoria e método. Em Raymond Williams e o Materialismo Cultural, Thiago Romão de Alencar (UFF) averigua como a obra do crítico marxista inglês problematiza determinadas apropriações de Marx, bem como a dupla conceitual base-superestrutura. Segundo o autor, o materialismo cultural proposto por Williams respeita os condicionamentos materiais do ser social, ao mesmo tempo em que compreende que não há subordinação da dimensão cultural à base. Gil Eduardo de Albuquerque Macedo (UFRN) discute as diversas perspectivas historiográficas sobre a vida do padre Antonio Vieira. Alinhado às propostas historiográficas mais recentes, o autor propõe, em Vieira na crítica historiográfica: orador, diplomata ou jesuíta?, um diálogo necessário entre espiritualidade, cultura, política e sociedade. Pois, no caso do pensamento jesuíta seiscentista, religião e política constituem uma mesma gramática, sendo, portanto, intercaláveis. Tendo como objeto de análise a obra do medievalista francês Bernard Guenée, Douglas Mota Xavier de Lima (UFF) enfrenta, em seu “O Ocidente nos séculos XIV e XV – Os Estados”: o tema do Estado na historiografia medieval, a seguinte questão: o Estado Moderno nasce na Idade Média?  

Gabriel Barroso Vertulli Carneiro (PUC-Rio) conclui a quinta edição com O projeto skinneriano para a história intelectual: A “lógica da pergunta e resposta” de R. G. Collingwood e sua apropriação por Quentin Skinner. Aqui, o autor investiga a contribuição dos dois autores britânicos para o desenvolvimento da História Intelectual. Para isso, focaliza o projeto teórico-metodológico de Skinner denominado “abordagem collingwoodiana” (Collingwoodian approach).

Agradecemos aos autores e autoras, pareceristas e também ao Departamento de História da PUC-Rio pelo apoio irrestrito concedido a esta publicação.

 

Boa Leitura!

 

Conselho editorial da quinta edição: Alessandra Seixlack, Bruno Garcia, Desirree dos Reis Santos, Guilherme Muniz Safadi, Lucas Cabral, Manoel Silvestre Friques, Manuela Fantinato, Marcia Casturino, Maycon da Silva Tannis, Pedro Paiva Marreca, Rafael Lima e William Mathias Moreira.


O conteúdo de todos os textos é de responsabilidade dos autores e não reflete necessariamente a posição da editoria ou da instituição responsável pela publicação.


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